terça-feira, junho 27, 2006

Você ta falando comigo?

Xingar os leitores de "filhos da puta" não vai fazer diferença alguma, muito menos trará reflexos para o blog Groppuseano. Ninguém vai ligar mesmo ou levar a sério o que um desconhecido fala. Percebo que a falta de popularidade tem suas vantagens, a simplicidade tem suas vantagens. Dificilmente alguém te ligará, ou mesmo te convidará para sair ou até mesmo sentirá sua falta. Lembrando! Meu cu para vocês, meus sadoleitores. Não sou popular, apenas um vagabundo que conta pensamentos ou histórias menos importantes.

Meu grande pai sempre dizia:

- Groppuso, você é um vagabundo sem futuro! Não corre que eu te pego, muleque safado.

Como isso me doía. As palavras vagabundo e sem futuro, como penetravam fundo na minha alma e ecoavam nos meus ouvidos, aquelas palavras me acompanham até hoje. Isso me causou uma insegurança e uma timidez dos diabos, que me trouxeram problemas durante muito tempo. Isso fez com que minha popularidade não passasse de apenas cinco pessoas. Em minha própria família, tive só a popularidade de causar problemas. A popularidade dos meus defeitos, dos meus erros e de ser o gordo da turma.

Atualmente entendo que ser alguém popular ou mesmo rodeado de babões não me torna alguém especial ou melhor que ninguém. Mas sinto uma grande popularidade comigo mesmo, que é benéfica. A popularidade com meus pensamentos e com a minha alma.

Estou aprendendo a ficar no anonimato, a fazer menos barulho até chegar ao silêncio e a presença despercebida. Aprendi a não mais sonhar no meu descanso e a nem mesmo ter o direito de amar. Tenho aprendido a dar valor para mim mesmo, a popularizar comigo mesmo. Por isso ainda acho que a grande vantagem é apenas ocupar o pequeno espaço, aquele que ninguém quer, aquele que todos desprezam.

Não sei nem porque falo sobre isso, talvez esteja sem assunto, foi o que me veio a cabeça nesta tarde. Ser popular! Já quis ser popular várias vezes. Até fuzil no exército já roubei. Queria ser popular. Até que fui, mas não foi uma boa idéia: ser popular numa cadeia não tem graça, quase ninguém te vê. E depois, lá fora todos já te esqueceram. Ninguém mais liga, ninguém mais se lembra. Parece que nunca existi.

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