sábado, outubro 22, 2005


Fico pensando se ainda vou ficar rico por escrever estes contos que ninguém se interessa ler, aliás, só outros loucos como eu têm a boa vontade e um pouco mais de saco pra correr os textos. Mas acho o que importa é o que me move a escrever, por dinheiro? Talvez não, porque isso é obviamente impossível e ridículo. Mas escrevo pelo prazer de escrever e contar aquilo que vivo, que vejo e principalmente o que sinto.

Uma pessoa me disse que minha "aura" esta nervosa e escura. Talvez não tenha pago aqueles que iluminam esta aura, pois nestes meses difíceis não consigo pagar nada, muito menos minha conta de luz. Mera bobagem. Tenho estado distante das pessoas e maltratado o meu corpo, o único ainda que me carrega e me suporta, que ainda me entende e sofre comigo. Aquele que me sensibiliza a escrever.

Num dia qualquer, estávamos todos na sala e brevemente comentamos da triste mulher no prédio em frente com o nariz colado no vidro da janela, olhando o infinito. Com certeza estava pensativa e muito triste, inconscientemente brincamos e rimos da cena. Como às vezes somos insensíveis às pessoas, ignoramos o sofrimento alheio! Hoje está um dia feio e chove por aqui, quantas vezes colocamos nossos rostos colados a janela e buscamos nossos pensamentos mais preocupantes e transportamos nossa mente para longe. Meus dias têm sido como estes, chuvosos e pensativos, transparentes e frágeis como os vidros de uma janela, talvez perceptível para aqueles que também tenham seus dias chuvosos ou mesmo tempestuosos ou indiferente para aqueles onde o coração apenas faz o trabalho de bombear sangue, nada mais, onde a alma e a mente apenas o mantém vivo. Para a misericórdia de um Ser que também tem compaixão dos mesmos insensatos. Penso eu.

São inspirações do que escrevo, a tristeza, a alegria e a loucura do ser que se diz humano.

Roubaram meu toca cds novamente, a terceira vez, preguiça de colocar meu carro na garagem, foi isso que deu. O pior é as más situações e loucuras serem o forte dos meus escritos. O que seriam dos meus contos? Ou mesmo de um carro sem música?Completamente sem graça.

4 comentários:

Anônimo disse...

Caro quase vizinho,
Permita-me fazer uma recomendação, para dias chuvosos de almas cinzentas,dar uma passadinha lá na Maria Paula,ou no final da Japurá,com entrada pela Santo Amaro, pega emprestado um bom livro na livraria da Feesp para ler e meditar sobre a vida,o sêr, a morte ,o destino, a dôr..
Quem sabe a sua aura se reveste de luminosidade e nós,seus leitores, nos surpreenderemos mais com seus escritos. Está melhorando viu, vai em frente.
Abraços,

Anônimo disse...

Maya, obrigado pelos comentários e critícas.Que bom que você gosta, sinto-me feliz por isso.Adoro conselhos,sigo quase todos..rsr.
Que bom que estou melhorando.Obrigado.

Anônimo disse...

oi Anderson... olha eu ca travez... vc, como disse nossa super mayaa.. esta a melhorar a olhos vistos.A frente querido.Gosto demais da conta desses textos reflectivos .Esses dias cinzentos das almas.. auras ... sao dias de pensamento profundo, muitos deles sem q se encontre uma resposta para as perguntas feitas.
Sempre a frente.

Anônimo disse...

As cores sempre podem mudar.
E o que seria da vida se houvesse só dias cinzentos?
E o que seria da morte se colorido fosse o anunciar de sua chegada?
Teríamos que repensar as circunstâncias...

As cores são sempre ondas de luz, em frequências diferenciadas.
Elas se aplicam de modo diferente em cada situação.

A soma de todas elas é o branco, veja que maravilha! Aceita sempre uma nova cor e novas combinações.

Vc está acima das cores e das circunstâncias. Somos o ontem o hoje e o que virá.


Saudações vibrantes com sua vida e seus escritos.

Bom minino